segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Poeta Antonio Marinho durante Sessão Solene da Câmara dos Deputados que homenageou Eduardo Campos



https://www.youtube.com/watch?v=thdOnWrNxGw

 Publicado em 12 de ago de 2015
Por Antonio Marinho: "Eu nasci onde o sol é mais presente e o céu plenamente descoberto é mais azul e mais incandescente como quisesse estar de nós mais perto. Sente o meu povo a sede do deserto quando a água que mina é tão somente o pranto é o filho do destino incerto ressecado ao vigor do sol nascente. Mas também é o chão da abundância quando o pranto do céu afoga a ânsia e outra vez é tão fértil o coração. Eu sou da terra onde viver é arte e a vida insiste em ser em toda parte. Sou mais um fruto vindo do sertão. Eu venho lá de São José do Egito no sertão do Pajeú, no Sertão de Pernambuco, o miolo do Nordeste brasileiro. A terra da cantoria e da poesia. Mas também uma terra onde dignidade e política tem nome e sobrenome: É Miguel Arraes de Alencar. Uma terra onde esperança e saudade do futuro também tem um nome e um sobrenome. E esse nome e esse sobrenome é Eduardo Campos. O Eduardo que tanto ainda vai ser falado aqui. Mas o Eduardo que eu acredito que a melhor homenagem que a gente possa tentar fazer a ele não é adivinhar onde ele estaria hoje. Mas é tentar sentir onde Eduardo estaria hoje. Para que nós tentemos perseguir este seus passos. Eduardo com certeza estaria no centro chamando todo mundo para o diálogo, para a conversa. Porque Eduardo, eu sei e vocês sabem, não acreditava em nenhum meio de legitimação do poder senão fosse pelo voto direto e pelo respeito à democracia. E é em homenagem a esse Eduardo que faz falta neste momento, a este País, não só no coração da gente, como dizia lá em Recife, que no coração da esposa e dos amigos todos fazem falta. Eduardo faz falta até para quem nunca o viu, nunca conheceu Eduardo. E é esse Eduardo que eu venho homenagear com um poema de um sertanejo também. Um poeta lá da minha terra, de São José do Egito, nascido em Umburanas que hoje é a cidade de Itapetim. Mas que pertencia a São José. Esse poema que defende, acredito eu, o mesmo caminho que Eduardo defendia. O caminho de não jogar nas costas do povo brasileiro os erros históricos do Estado brasileiro. Este Estado capenga, corrupto, militaresco e intolerante do Brasil que joga nas costas do povo o que o povo tem que aguentar."

INÍCIO 

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