segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

ÉPOCA DE MUDANÇAS - HERNANI DIMANTAS

ÉPOCA DE MUDANÇAS - HERNANI  DIMANTAS

https://hdimantas.wordpress.com/2016/02/08/epoca-de-mudancas/




Estamos vivendo numa época de mudanças. De transformações. Colaboração passou a ser entendida como um modo de produção. Muito diferente de outros modelos pois leva em conta apenas a vontade das pessoas em participar voluntariamente de projetos relevantes.
O efeito da colaboração rompe paradigmas. Falo de experiências como a do software livre que proporcionaram uma forma de colaboração onde a liberdade é a regra.
Principalmente, a liberdade de compartilhar qualquer produção na rede. A experiência de fazer potencializa a curiosidade de querer pesquisar, trocar, compartilhar, ensinar e aprender. O linux foi criado só por prazer.
Estamos na era do conhecimento. Uma sociedade baseada no fluxo das informações, não mais na quantidade de bens produzidos. Nesse cenário um novo sistema floresce. Fundamentado na utilização da tecnologia. Os hackers estão moldando um novo contrato com a sociedade.
O meu interesse com o Marketing Hacker foi entender e discutir as mudanças que a Internet está introduzindo no mundo dos negócios. Há um descompasso entre as práticas apoiadas em conceitos da comunicação de massa e as propostas comunicativas com as novas linguagens, práticas e possibilidades advindas do uso dos novos meios digitais. Esse gap persiste. As instituições não perceberam que não dão mais as cartas. As estratégias top-down estão sendo substituídas, cada vez com mais rapidez, pela complexidade do bottom-up.
O processo das organizações experimenta a emergência. Sob a influência da ética hacker e da cultura de escovar bits. A penetração do movimento opensource na área do conhecimento. Uma maior interação entre e inter comunidades de interesse. Aproveitando o fluxo de idéias para incentivar a criatividade e ordenar o caos em redes de inteligências coletivas. Mas para isso acontecer a comunidade tem que participar e promover o seu próprio desenvolvimento. As pessoas podem se engajar em projetos de sua comunidade.
Entretanto, há um descompasso entre o processo de colaboração e da remuneração. As pessoas querem trabalhar com prazer. Mas precisam de comida, casa e roupa lavada. E, ainda não deslumbramos uma situação que não confunda colaboração com trabalho quase escravo. Essa dicotomia tem pipocado na rede como um fenômeno viral. É momento de ampliar possibilidades. De mirar na colaboração como capital social. Colaboração para fazer qualquer coisa que o desejo provoque. Colaboração como condição de sobrevivência.
A experiência do crowdfunding, do apoio a projetos está mais para o mecenato dos tempos áureos de Florença do que para os patrocínios com objetivos comerciais. É livre e independente. Desta forma, o apoio a projetos daria continuidade à mais pura expressão da voz e, ao mesmo tempo, dá oportunidade às pessoas e às empresas de participar destes micromercados de forma efetiva. Consumidores deixaram de ser apenas potenciais compradores dos produtos fabricados. Cada vez mais, participam da produção em rede. Assumem um papel ativo no processo. O poder dos mercados está migrando das empresas para as mãos das pessoas comuns. O mundo dos negócios está em mutação. E precisamos rever os conceitos. Vamos chegar lá!









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