quarta-feira, 22 de outubro de 2014

CUIDADO COM OS CANDIDATOS QUE DEFENDEM GUERRAS!


O Perigo dos Conflitos Internacionais
Carlos A. Lungarzo
Durante um dos debates eleitorais do primeiro turno, um dos candidatos deu um “gancho” a Aécio Neves sobre a fala de Dilma Rousseff nas Nações Unidas. A presidente havia proposto uma solução pacífica ao conflito com a ISIS (Nação Islâmica), que estava sendo bombardeada pelos EUA e seus marionetes da OTAN, com baixas entre a população civil.
Aécio compartilhou com seu colega de debate a indignação pela fala de presidenta e, como é seu hábito, fez várias ironias e sarcasmos.
Ele criticou que Dilma quisesse uma posição negociadora, e disse “que sentiu vergonha” quando ouviu a presidenta falar.
Bom, se ele repudiou tanto essa proposta, só fica uma possibilidade.
Se a negociação merece repúdio, então, devemos supor que Neves apoiaria uma intervenção militar do Brasil no Iraque e Na Síria.
Lembremos que nem FHC disponibilizou tropas aos EUA em 2001, apesar da subserviência sempre mostrada por ele com a Casa Branca. Ora, Aécio Neves fez grande ostentação de seu apoio à agressão americana.
Ele aceitaria que brasileiros fossem a morrer na guerra de extermínio que se leva sobre Iraque.
Ora, imagino que muitas pessoas pensam:
“Eu não tenho filhos jovens em situação de servir. Portanto, não me importo que Brasil entre em guerra com João ou com Padro”.
Ou, então:
“Eu não sou pobre. Os militares não vão recrutar meu filho”
Mas, há um detalhe.
Brasil nunca foi alvo de ataques terroristas, salvo o dos próprios militares como no caso da bomba de Rio Centro, há três décadas. (Crime comum não é terrorismo, como sabe qualquer pessoa com um neurônio, mesmo que seja repudiável. Terrorismo, segundo o CSONU é um ato de agressão massiva e sistemática, como os que se fizeram nas Torres Gêmeas, em Paquistão, na Kenya, e até na Argentina.
Ora, si você provoca a uma força que nunca fez nada contra você nem seus amigos, e que é atacada porque os vendedores de armas querem mais lucro, então é provável que os atacados tentem se vingar. Especialmente, porque os terroristas são fanáticos e vingativos.
Para os mais informados, em 1991, o presidente Argentino Menem, do mesmo estilo ideológico que FHC e que Neves, foi o único latino-americano a mandar tropas a combater na guerra do golfo.
Os islâmicos devem ter pensado que ele não tinha por que meter-se e, em 1992 e em 1994 colocaram duas poderosas cargas explosivas, uma na Embaixada Israelense em Buenos Aires, e outra em uma entidade filantrópica judia. As mortes foram, no total, 114 pessoas.
(Observe que Israel em si mesmo não foi atacado, pois ele não interveio na guerra diretamente.)
Todo terrorismo é repudiável, sem dúvida, MAS TAMBÉM É REPUDIÁVEL QUE VOCê COLOQUE GENTE INOCENTE NA LINHA DE FOGO DO TERRORISMO, PARA AGRADAR AOS PATRÕES QUE SUBSIDIAM SUA CAMPANHA POLÍTICA.
Então, evitE eleger um governo guerrerista. Mesmo se você não se importa com ética, nem com paz, nem com direitos humanos, seria bom pensar isto:
“Se meu presidente atacar meio oriente, podemos ter uma represália terrorista”.
Lembre que os EUA se queixaram que a guerra será longa e precisa o apoio de todos os países fortes.
E os terroristas não têm racionalidade. Eles podem atacar Rio, SP, Brasília, qualquer lugar.
Seria pena perder o caráter de neutralidade que tanto honra a política brasileira.
Bom, talvez Aécio só fez uma brincadeira....
Mas, peço que pense um pouco sobre isto antes de tomar uma decisão....

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