sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ESTÉTICA CORPORAL E O PARADIGMA DA INDÚSTRIA CULTURAL (TESE DA UFG)

CORPO, ESTÉTICA
E OBESIDADE: REFLEXÕES BASEADAS 

NO PARADIGMA DA INDÚSTRIA CULTURAL


ANA CAROLINA NETO DE ALMEIDA, CLAUDINE HELEODORO
CARNEIRO, DANUZA R. DE ARAÚJO, FERNANDO PEREIRA DOS
SANTOS, JOÃO MARTINS VIEIRA NETO, MIRNA A. PEDATELLA
MARINO, NÁDIA DE OLIVEIRA MENDONÇA, RAFAELA SILVA
GONÇALVES DOS REIS, TADEU JOÃO RIBEIRO BAPTISTA

Resumo: atualmente, existem diversos trabalhos que
discutem a questão do corpo. Entretanto, há de se considerar
a relação que este corpo estabelece com a indústria cultural
e como este posto avançado do capitalismo impacta
sobre a noção de estética e de obesidade, constituindo ramificações
para as indústrias da beleza e do emagrecimento.

Palavras-chave: corpo, estética, exercício, indústria
cultural e obesidade


Produzir conhecimentos sobre o corpo hoje é uma
questão extremamente complexa, quando se consideram
pelo menos dois pontos. O primeiro diz res-
peito à evidência que o corpo tem assumido socialmente,
com uma visibilidade diferenciada sob o ponto de vista da
história. Por um segundo aspecto, a produção do conhecimento
relacionada ao corpo tem aumentado significativamente,
o que dificulta a produção de algo novo. Só para
citar como exemplos, podem-se mencionar as obras de
Santana (2001), Le Breton (2003), Marzano-Parisoli (2004)
e Daolio (2005). A presença dessas produções e de várias

outras que poderiam ser mencionadas são suficientes para demonstrar
a preocupação que se apresenta no momento. Todavia,
o presente texto tenta fazer um recorte, com base na produção
de um grupo que se preocupou também com a presença do corpo
na sociedade atual e que levou a diferentes estudos, com diferentes
enfoques e, ao mesmo tempo, com formas diferenciadas
de coleta de dados que perpassou uma análise bibliográfica, às vezes
até um estudo teórico, como é o caso de Araújo (2005), Marino
(2005) e Mendonça (2005). Eles se preocupam em compreender
o que seja a estética e as influências da indústria cultural. Partem
de duas ramificações que seriam a indústria da beleza e a
indústria do emagrecimento.
Por outro lado, procurou-se desenvolver a coleta de dados
empíricos que demonstram os objetivos de pessoas para praticar
exercícios e modificar os seus corpos (CARNEIRO, 2005), entender
a estética do corpo como elemento de pertencimento a um
grupo, como demonstra Santos (2005), além de apresentar propostas
para o papel do professor de Educação Física com grupos
de obesos (ALMEIDA, 2005a), com praticantes de caminhada
(REIS, 2005) e, finalmente, intervenções que devem se constituir
em qualquer espaço não-escolar da Educação Física (VIEIRA
NETO, 2005). Enfim, o objetivo central deste artigo é demonstrar
como a indústria cultural pode influenciar de maneira significativa
a visão de corpo, de estética e de obesidade. Além disso, é
necessário que a Educação Física, como área de conhecimento,
tenha como referência a necessidade de se produzir sujeitos que
sejam autônomos ao máximo diante dos desmandos da indústria
cultural.Para que possamos evidenciar o que se pretende, dividiremos
o presente texto em três partes. Na primeira, discorreremos sobre a
indústria cultural e suas ramificações, neste caso a indústria da beleza
e do emagrecimento. No segundo momento, trataremos da noção
de estética e obesidade, demonstrando que esta se opõe à primeira
por um aspecto contingente da sociedade atual e, finalmente, apresentaremos
possibilidades de intervenção do professor de educação
física, numa perspectiva crítica, em espaços não escolares, apresentando
passos para esta intervenção, como alguns dados que contribuem
para a reflexão sobre a possibilidade de intervenção crítica e
autônoma.(...)

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FONTE : http://seer.ucg.br/index.php/estudos/article/viewFile/152/118

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