O movimento de resistência contra o golpe, ao longo dos quase três meses de luta, cresceu e está indo além de exigir a volta de Zelaya. O movimento de resistência passou a ser um conjunto de sindicatos, movimentos e organizações de todo o país. Em suas assembléias já se colocam coisas além da queda de Micheletti e retorno de Zelaya, a começar por exigir uma Assembléia Constituinte. A ditadura de Micheleti parece ter despertado ainda mais a participação política. O povo adquiriu experiência organizativa e começam a se dar novas formas de organização independente dos partidos políticos existentes e com raízes nas bases da sociedade, o que garante sua permanência.
O Ministro de Relacões Exteriores do Brasil, Celso Amorim, em seu discurso na Assembléia Geral da ONU, disse que "Esperamos que isso irá abrir uma nova etapa nas discussões e que uma solucão rápida, com base no direito constitucional, possa ser alcancada". De acordo com Amorim o presidente Zelaya pediu permissão para entrar na embaixada uma hora antes de sua chegada no local e que o Brasil não teve nenhum envolvimento com a forma em que o presidente ingressou no país."O presidente disse que chegou a Honduras por meios próprios e pacíficos", explicou Amorim.
Zelaya declarou que possui o apoio da ONU, OEA, de líderes de países da América Latina e também da União Européia. Uma reunião de emergência foi feita hoje pela OEA para elaborar uma proposta para a restituicão da democracia em Honduras.
Micheletti negou no começo do dia que Zelaya estava em Honduras. Em entrevista, ele declarou que Zelaya não estava em Honduras, mas sim em um hotel na Nicaragua. Depois de uma entrevista ao vivo por telefone, o canal de TV Telesur conseguiu imagens através de uma transmissão via internet de Zelaya na embaixada e saindo para comprimentar o povo, prova concreta de que o presidente está no país.

FONTE :  http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2009/09/454899.shtml