quarta-feira, 22 de abril de 2009

MAIAKOVSKI - POESIA

Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.

5 comentários:

  1. LINDO NADIA...

    Resistências

    Glória K.

    Levam a flor,
    matam o cão,
    roubam a lua,
    e ficamos nuas,
    sem o sonho,
    indefesas, na rua...
    Ainda não,
    restam as vozes,
    restam fogueiras,
    restam conversas,
    resistências
    sem fronteiras,
    brilhando fagueiras
    nas minhas mãos e nas suas...

    Beijos...

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  2. OOOOO GLÓRIA!! que coisa você alcançar esta lucidez!! é...há muitos que estão dispostos ainda a reunirem-se em torno das fogueiras ou em torno de um blog!!rsrsrssss... Glória você é uma passarinha linda que pousou aqui não por acaso!!
    muitos beijões!!! Nadia

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  3. REUNIDAS!!

    passarinhos novos na redondeza,
    frase de um amigo que marcou.
    hoje um passarinho tentou
    entrar pelo vidro de meu quarto,
    no exato instante em que eu entrava no quarto!
    se os acasos não são acasos...
    e se o passarinho queria entrar em meu quarto,
    e a janela estava fechada...
    penso,penso...penso...
    janelas abertas são melhores,
    e reunir-se com almas
    e mentes abertas,
    melhor ainda!
    ...é...o passarinho
    veio-me trazer uma mensagem,
    a meia mensagem valeu!

    Nadia Stabile - 22/04/09

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  4. Como conheci Maiakovski;Acordei de súbito e imaginei num repente um pseudônimo,ele veio até mim;Maiakovski.É inexplicável,mas é fato verídico.Meu espírito a noite,numa dessas viagens que possuem volta,encontrou-se com o fabuloso poeta.

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