quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Escultor Frans Krajcberg critica o vazio artístico















Frans Krajcberg critica o vazio artístico
Em mesa-redonda realizada, no dia 29 de novembro, em meio a sua exposição no Parque do Ibirapuerao artista mostrou sua indignação com a destruição do planeta e com a falta de engajamento político e ecológico da arte

Por Thays PradoPlaneta Sustentável - 01/12/2008
No dia 29 de novembro, o precursor da arte ecológica no Brasil, Frans Krajkberg, participou de uma mesa redonda na Oca, no Parque do Ibirapuera (SP), onde expõe, até 14 de dezembro, 65 esculturas e 40 fotografias que denunciam a destruição da Amazônia e dos povos da floresta.Ao lado do ambientalista Fábio Feldman e da artista plástica Floriana Breyer, Krajcberg disse que esta é a primeira vez na história da humanidade em que estamos discutindo a saúde do planeta. “E o homem ajudou muito a machucá-lo. Em 92, falamos sobre os desertos, mas eles continuam crescendo e nada foi feito. Vai faltar água e oxigênio. No Brasil, estão acontecendo coisas que nunca aconteceram antes e ninguém se pergunta o que há de errado”, se indigna. O artista conta que, depois da 2ª Guerra Mundial, jurou que fugiria dos homens, mas não conseguiu. Então, resolveu trazer mais consciência para as pessoas. Durante sua fala, ele se mostrou preocupado com o futuro que deixaremos às crianças, mas se mostrou esperançoso com a eleição de Barack Obama e a possível assinatura dos EUA na segunda fase do Protocolo de Kyoto. Krajcberg criticou o vazio absoluto em que se encontra o movimento artístico, entregue à dominação do mercado desde o final do século passado. Ele lembrou que, no início do século 20, a arte estava completamente atrelada à política e abria portas para as mudanças. Hoje, na opinião dele, apenas a fotografia serve de denúncia à barbárie. Quando questionado sobre o significado de sua arte, responde: “Na Amazônia, vi três montanhas de lixo esperando para serem queimadas e vi centenas de índios mortos pendurados em árvores, que arte eu devo fazer? Eu gostaria de pegar aquelas três montanhas e mostrar que a minha revolta é enorme”.
No dia 29 de novembro, o precursor da arte ecológica no Brasil, Frans Krajkberg, participou de uma mesa redonda na Oca, no Parque do Ibirapuera (SP), onde expõe, até 14 de dezembro, 65 esculturas e 40 fotografias que denunciam a destruição da Amazônia e dos povos da floresta.Ao lado do ambientalista Fábio Feldman e da artista plástica Floriana Breyer, Krajcberg disse que esta é a primeira vez na história da humanidade em que estamos discutindo a saúde do planeta. “E o homem ajudou muito a machucá-lo. Em 92, falamos sobre os desertos, mas eles continuam crescendo e nada foi feito. Vai faltar água e oxigênio. No Brasil, estão acontecendo coisas que nunca aconteceram antes e ninguém se pergunta o que há de errado”, se indigna. O artista conta que, depois da 2ª Guerra Mundial, jurou que fugiria dos homens, mas não conseguiu. Então, resolveu trazer mais consciência para as pessoas. Durante sua fala, ele se mostrou preocupado com o futuro que deixaremos às crianças, mas se mostrou esperançoso com a eleição de Barack Obama e a possível assinatura dos EUA na segunda fase do Protocolo de Kyoto. Krajcberg criticou o vazio absoluto em que se encontra o movimento artístico, entregue à dominação do mercado desde o final do século passado. Ele lembrou que, no início do século 20, a arte estava completamente atrelada à política e abria portas para as mudanças. Hoje, na opinião dele, apenas a fotografia serve de denúncia à barbárie. Quando questionado sobre o significado de sua arte, responde: “Na Amazônia, vi três montanhas de lixo esperando para serem queimadas e vi centenas de índios mortos pendurados em árvores, que arte eu devo fazer? Eu gostaria de pegar aquelas três montanhas e mostrar que a minha revolta é enorme”.

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